A palavra “droga” tem uma origem controversa. Pode vir da velha “gota” francesa, que significa algo como “suprimento” e, portanto, adquiriu o significado de medicamento ou ingrediente químico. Há também uma origem na antiga língua holandesa: “droge-vate”, que seria uma espécie de barril onde os materiais secos ou folhas são armazenados e utilizados como especiarias ou medicamentos. Mas o que muitas pessoas não sabem é que as drogas podem oferecer muitas doenças e muitos riscos a saúde. Precisando então de um centro de reabilitação.
Mas como explica o psiquiatra e chefe da unidade de dependência química do Hospital Santa Mônica, Claudio Duarte, hoje chamamos medicina de qualquer substância capaz de modificar qualquer função nos organismos dos seres vivos. Mais precisamente, chamamos drogas psicotrópicas àquelas que são capazes de agir no nosso sistema nervoso ou no nosso cérebro de forma mais simples.
Mas nem todas as drogas psicotrópicas são capazes de causar abuso ou dependência, que seria o fenômeno patológico que pode afetar aqueles indivíduos que comumente chamamos de “quimicamente dependentes”, embora a palavra “químico” não esclarece muito aqui. Pelo contrário, até cria confusão, pois acaba sendo usada como argumento errado, por exemplo, para justificar que o uso da maconha, por ser amplamente utilizada como planta seca, sem qualquer processo de fabricação, manuseio ou extração importante, seria mais natural e “não-químico”, causando menos danos. Ou mesmo as bebidas alcoólicas, que estão presentes na cultura humana há milhares de anos e têm muitas vezes a conotação de alimentos, podem, por conterem etanol, causar sérios problemas físicos e mentais.
Portanto, não se enganem sobre isso, qualquer que seja a nomenclatura ou classificação que possamos dar, as pessoas que usam drogas psicotrópicas, com potencial para causar abuso e dependência, mesmo que possam começar esse uso de forma recreativa, em busca de sentimentos de prazer, euforia, alteração dos sentidos ou alívio, encontrarão um enorme risco para a sua saúde.
As pessoas que usam drogas psicotrópicas para fins recreativos (não médicos) geralmente são expostas aos efeitos agudos e prolongados dos seus princípios ativos, bem como aos problemas que também podem ocorrer quando deixam de usá-los após um certo período de tempo (síndromes de abstinência).
As drogas psicotrópicas ou psicoativas atuam nos neurônios, influenciando o humor, sentido de percepção, comportamento e processos cognitivos de um indivíduo. Por exemplo, elas podem causar confusão mental, dificuldades de fala e até mesmo alucinações.
Mais tarde, vamos entender melhor os efeitos dos medicamentos no corpo.
Como as drogas afetam o corpo
As drogas atuam no corpo de um indivíduo desde o primeiro momento em que este entra em contacto com estas substâncias. Este contato pode ser por via intravenosa (injeção), nasal (inalação), pulmonar (tabagismo), pulmonar (ingestão) ou oral (deglutição), ou mesmo por outras vias menos comuns, como a absorção anal.
Eles podem ser divididos de acordo com seu efeito mais urgente ou predominante, embora uma determinada droga possa ter mais de um perfil de efeito, dependendo das circunstâncias, o que pode mudar nosso senso de realidade, nossas críticas, nosso raciocínio e nossa capacidade de agir adequadamente. Portanto, temos os seguintes grupos:
– Estimulantes: aumentam os níveis de atividade motora e cognitiva no corpo e aumentam a atenção, o que pode causar sentimentos de euforia, mas também de irritabilidade e inquietação;
– Alucinógenos: causam distorções em nosso senso de percepção (nossos sentidos: audição, visão, tato, paladar e olfato). Muitas vezes causam alucinações ou delírios;
– Depressivos: reduzem a atividade do sistema nervoso central e, em casos extremos, provocam uma paragem cardíaca ou respiratória, dividida em
– Analgésicos: levam ao relaxamento muscular, causando uma sensação temporária de entorpecimento e bem-estar;
– Hipnóticos: substâncias que induzem o sono.
O abuso destas substâncias pode causar danos irreversíveis ao corpo, pois intoxicam o corpo e danificam a sua estrutura e função, tanto no sistema nervoso central como nos outros órgãos através dos quais interagem.